É um vírus transmitido, primordialmente, pela relação sexual, com mais de 200 tipos, alguns dos quais podem ocasionar lesões que, se não tratadas devidamente, causarão o CÂNCER DE COLO UTERINO.
Os tipos mais relacionados com o câncer são o 16 e o 18.
Os tipos 6 e 11 são responsáveis por 90% das verrugas genitais, sexualmente transmissíveis, e que muito prejudicam, física e emocionalmente, as pacientes .
Segundo a Organização Mundial da Saúde mais de 650 milhões de homens e mulheres estão infectados pelo HPV no mundo. Anualmente, são diagnosticados cerca de 2 milhões de casos de HPV, no Brasil.
As estatísticas mostram uma epidemia associada ao HPV, além de demonstrarem que o risco desta infecção, para os indivíduos sexualmente ativos, gira em torno de 52% e que, se aproximando dos 50 anos de idade, 82% das mulheres terão sido contaminadas por este vírus.
O HPV pode estar presente no organismo humano sem se manifestar (latente) por longo tempo e, através de uma baixa imunidade ocasional, poderá se ativar, causando a doença.
Na maioria dos casos, o HPV não causa sintoma algum. Sabe-se, porém , que a grande maioria das mulheres portadoras de CÂNCER DE COLO UTERINO foram previamente infectadas pelo HPV. Assim, torna-se muito importante se fazer a prevenção e o diagnóstico precoce das doenças causadas pelo HPV.
COMO SE PREVENIR:
1- Ter parceiro fixo;
2- Reduzir o número de parceiros;
3- Usar "camisinha" durante todo o ato sexual, embora não seja uma garantia absoluta, pois, a transmissão do vírus se dá no contato com a pele (intraepitelial) e não por secreções corporais (ejaculação);
4- Fazer consultas periódicas ao seu ginecologista;
5- Manter cuidados higiênicos;
6- Não usar drogas ilícitas;
7- Evitar bebidas alcóolicas;
8- Não fumar;
9- Alimentar-se bem;
10- Fazer exercícios físicos (aeróbicos e anaeróbicos);
11- Ter uma vida saudável.
COMO DIAGNOSTICAR O HPV:
1- Exame Colpocitológico (Preventivo): não detecta o vírus e, sim as lesões que ele causa nas células;
2- Exame Histopatológico: é feito através da biópsia diagnosticando, com certeza, as lesões apresentadas. É padrão ouro.
3- Colposcopia ou Genitoscopia: identifica as lesões causadas pelo HPV e outras patologias;
4- Captura Híbrida: não detecta a doença viral e/ou pré-cancerosa, porque já analisa a célula alterada.
A biologia molecular positiva (PCR, Captura Híbrida, etc) apenas mostra a presença do DNA do HPV, e não consegue prever se ocorrerá criação de anticorpos, para prevenir contra nova infecção pelo HPV.
COMO TRATAR O HPV:
O tratamento dependerá de diversos fatores:
1- Idade da paciente;
2- Local das lesões;
3- Quantidade das lesões;
4- Se há gravidez concomitante;
5- Se há alguma outra doença ginecológica;
6- O “status” imune da paciente (tabagismo, alcoolismo, uso de drogas ilícitas, etc).
TRATAMENTO:
A doença HPV tem cura clínica. A participação do casal é fundamental para o êxito do tratamento, que é individual. A escolha do tratamento depende fundamentalmente de um diagnóstico correto. As pacientes que se submetem aos controles pré determinados pelo seu médico não precisam preocupar-se com o CÂNCER GENITAL.
IMPORTANTE: O parceiro tem também que procurar um médico para verificar se está ou não infectado pelo HPV, mesmo que não sinta nada.
A recomendação é para se fazer uma PENISCOPIA.