Rio de Janeiro / RJ - terça-feira, 23 de abril de 2024

HPV: O QUE É?

É um vírus transmitido, primordialmente, pela relação sexual, com mais de 200 tipos, alguns dos quais podem ocasionar lesões que, se não tratadas devidamente, causarão o CÂNCER DE COLO UTERINO.

Os tipos mais relacionados com o câncer  são o 16 e o 18.
Os tipos 6 e 11 são responsáveis por 90% das  verrugas genitais,  sexualmente transmissíveis,  e que muito prejudicam, física e emocionalmente, as pacientes .
Segundo a Organização Mundial da Saúde mais de 650 milhões de homens e mulheres estão infectados pelo HPV no mundo. Anualmente, são diagnosticados cerca de 2 milhões de casos de HPV, no Brasil. 

As estatísticas mostram uma epidemia associada ao HPV, além de demonstrarem que o risco desta infecção, para os indivíduos sexualmente ativos, gira em torno de 52% e que, se aproximando dos 50 anos de idade, 82% das mulheres terão sido contaminadas por este vírus.

O HPV pode estar presente no organismo humano sem se manifestar (latente) por longo tempo e, através de uma baixa imunidade ocasional,  poderá se ativar, causando a doença.

Na  maioria  dos  casos,  o   HPV  não causa sintoma algum. Sabe-se, porém , que a grande  maioria das mulheres portadoras de CÂNCER DE COLO UTERINO foram previamente infectadas pelo HPV. Assim, torna-se muito importante se fazer a prevenção e o diagnóstico  precoce  das doenças causadas pelo HPV. 

 

COMO  SE  PREVENIR:

 

 1- Ter parceiro fixo;

2-  Reduzir o número de parceiros;

3- Usar "camisinha" durante todo o ato sexual, embora não seja uma garantia absoluta, pois, a transmissão do vírus se dá no contato com a pele (intraepitelial) e não por secreções corporais (ejaculação);

4-  Fazer consultas periódicas ao seu ginecologista;

5-  Manter cuidados higiênicos;

6- Não usar drogas ilícitas;

7- Evitar bebidas alcóolicas;

8- Não fumar;

9- Alimentar-se bem;

10- Fazer exercícios físicos (aeróbicos e anaeróbicos);

11- Ter uma vida saudável. 

 

COMO   DIAGNOSTICAR  O  HPV:

1- Exame Colpocitológico (Preventivo): não detecta o vírus e, sim as lesões que ele causa nas células;

2- Exame  Histopatológico:  é feito através da biópsia diagnosticando, com certeza, as lesões apresentadas. É padrão ouro.

3- Colposcopia ou Genitoscopia: identifica as lesões causadas pelo HPV e outras patologias;

4- Captura Híbrida: não detecta a doença viral e/ou pré-cancerosa, porque já analisa a célula alterada. 

A biologia molecular positiva (PCR, Captura Híbrida, etc) apenas mostra  a presença do DNA do HPV, e não consegue prever se ocorrerá criação de anticorpos, para prevenir contra nova infecção pelo HPV.

 

COMO   TRATAR   O   HPV: 

 

O tratamento dependerá de diversos fatores:

1- Idade da paciente;

2- Local das lesões;

3- Quantidade das lesões;

4- Se há gravidez concomitante;

5- Se há alguma outra doença ginecológica;

6- O “status” imune da paciente (tabagismo, alcoolismo, uso de drogas ilícitas, etc). 

 

 TRATAMENTO: 

 

A doença HPV tem cura clínica. A participação do casal é fundamental para o êxito do tratamento, que é individual. A escolha do tratamento depende fundamentalmente de um diagnóstico correto. As pacientes que se submetem aos controles pré determinados pelo seu médico não precisam preocupar-se com o  CÂNCER  GENITAL. 

 

IMPORTANTE: O parceiro tem também que procurar um médico para verificar se está ou não infectado pelo HPV, mesmo que não sinta nada.

A recomendação é para se fazer uma  PENISCOPIA.